segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Marco Civil: Uma luta de Todos

" Em vez de preparar o negócio, as teles simplesmente querem filtrar o tráfego da sociedade, controlar os nossos desejos dentro da rede". Estas são palavras do Professor Doutor da Universidade São Paulo (USP) Sérgio Amadeu, defensor do projeto de lei 2.126/2011, intitulado como Marco Civil da Internet e, que tem como objetivo, defender o uso livre da internet, garantir a neutralidade da rede, além de criar direitos e deveres para seus usuários.
Recentemente no Brasil, os cidadãos brasileiros, foram pegos de surpresa com a notícia de que os EUA estariam nos espionando. Obviamente, esta notícia causou grande repulsa por parte da população, pois acreditava-se que nossas informações, estariam protegidas, mas concluímos que isso não é verdade. Diante disso, pensar numa maneira de garantir a privacidade das informações que circulam na rede, informações essas que não desejamos notoriedade, reforça a urgência das discussões em torno do marco civil.
Tratar essa questão, exige uma postura aguerrida, de inquietação, nos remete a mais um embate na defesa da democracia, pois caso este projeto seja aprovado, com pontos da lei, revistos ao bel interesse das empresas de telecomunicações, a possibilidade de mobilização da sociedade fica ameaçada, por exemplo. E nós acompanhamos em Junho e Julho deste ano, assim como, temos acompanhado até hoje, a importância das redes sociais e do seu livre acesso, nesse contexto de reivindicações.
Podemos concluir que, em vista de interesses comerciais, mais de 80 milhões de internautas podem perder seu direito de navegar livremente pela internet, mas esta é uma realidade a qual podemos interferir, falando mais sobre o tema, discutindo, explicando as pessoas de que se trata o marco civil, conhecendo mais um tema tão relevante e que diz respeito a todos nós.

                         http://www.youtube.com/watch?v=OshlALpUmwg

A Formação de Professores no Contexto das TIC

A formação de professores é motivo de preocupação no contexto das tic, pois é grande o número de docentes, averso a essas novas formas de comunicação e informação. A resistência é grande e esbarra num fator, impossível nos dias de hoje de se sustentar, porém revelador de uma realidade comum na prática docente. Trata-se da resistência as mudanças, do conservadorismo que impede uma relação dinâmica entre professores e alunos e na relação ensino-aprendizagem. A sociedade está mudando muito e, acompanhar essa transformação não é uma orientação ou mais um aprendizado, também não é uma conclusão a se chegar, por ocasião apenas da realidade, mas é uma obrigação imputada pela tecnologia, pois ela está construindo uma relação nova no país e no mundo. Anísio Teixeira inclusive, aborda essa inquietação no texto "Mestres de Amanhã", fazendo referência a educação desatualizada que os futuros professores tem recebido hoje da seguinte forma: "ainda não fizemos em educação o que deveria ser feito para preparar o homem para época que ele criou e para a qual foi arrastado".
Enquanto as escolas do século XXI, começam a receber equipamentos, onde se pode utilizar o software livre, e com isso, dar ao estudante a oportunidade de otimizar o acesso ao conhecimento e a liberdade para construir, criar, vemos professores despreparados, pior, desinteressados em lidar com essas tecnologias. Trazendo um breve entendimento sobre isso, a professora Ana Cristina, Coordenadora do GT Educação compreende a importância do uso do software livre e da formação dos professores da seguinte forma: " A tecnologia está aí, é livre, mas precisa de pessoas capacitadas para saber usá-la".  Ainda sobre essa questão, Kruger trás a seguinte reflexão: "O governo espera que o simples fato de ter os equipamentos nas escolas fará com que eles sejam utilizados, mas falta a formação de professores, um projeto pedagógico que inclua o uso dos ambientes, o suporte técnico e mesmo a participação da comunidade para tornar este processo efetivo". Percebemos então,a importância de usar o software livre como instrumento auxiliador das práticas pedagógicas.
Podemos concluir o quanto é importante, a necessidade de uma mudança de paradigma na formação docente hoje, precisamos internalizar uma nova postura frente aos anseios da sociedade e, como a educação faz parte dela, é fundamental essa transformação da cultura educacional, a fim de responder as novas demandas sociais.


                                           




domingo, 4 de agosto de 2013

Comunidades Virtuais

No último mês de junho e até então, temos assistido milhares de pessoas se juntarem nas ruas, das mais diversas capitais do país, a fim de protestarem, fazerem-se ouvidas, talvez como nunca aconteceu. Podemos dizer com isso, que há uma mudança de mentalidade dos brasileiros. Isso possivelmente mostra, como os movimentos sociais do país terão uma cara nova, uma atitude diferente, uma maior autonomia.
A grande questão aí gira em torno de, como seria possível que um grande grupo de pessoas, conseguiria juntar-se em tão pouco tempo e organizar-se para reivindicar direitos coletivos? Que ferramentas contribuiriam tanto para mobilizar o grande número de pessoas que víamos nas ruas? Sem dúvida, conhecemos a resposta: as tic foram e continuam sendo, a mais aliada arma em favor de uma sociedade que deseja mudar para melhor. Quem não ouviu falar em facebook em? Esse importante canal de relacionamento foi muito utilizado, na dinâmica de convocar as pessoas paras as ruas.
Nesse contexto, percebemos como essas pessoas, formaram uma grande rede, via internet, de relacionamento em prol de objetivos comuns. E a essa realidade chamamos de comunidade virtual
O surgimento das comunidades virtuais se dá como reflexo de uma nova cultura, oriunda dessa necessidade de comunicar-se e informa-se mais rápido, e o grande e principal objetivo, reside na formação de inteligências coletivas. Em outras palavras, são os saberes construídos em prol de todos.
Podemos concluir que o povo brasileiro, começa cada vez mais a entender a importância de exercitar sua responsabilidade e compromisso em fazer as coisas acontecerem neste país. O povo é o 5º poder e, com organização e constante mobilização, há muito que possa conseguir, mas, para isso, não pode desconsiderar a importância das tic, pelo contrário, deve colocar na sua pauta de reivindicações a discussão sobre a inclusão digital, pois, assim manteremos vivo o espírito das comunidades virtuais, a dinâmica destes espaços de socialização, de informações e formação e o fomento das inteligências coletivas.