domingo, 4 de agosto de 2013

Comunidades Virtuais

No último mês de junho e até então, temos assistido milhares de pessoas se juntarem nas ruas, das mais diversas capitais do país, a fim de protestarem, fazerem-se ouvidas, talvez como nunca aconteceu. Podemos dizer com isso, que há uma mudança de mentalidade dos brasileiros. Isso possivelmente mostra, como os movimentos sociais do país terão uma cara nova, uma atitude diferente, uma maior autonomia.
A grande questão aí gira em torno de, como seria possível que um grande grupo de pessoas, conseguiria juntar-se em tão pouco tempo e organizar-se para reivindicar direitos coletivos? Que ferramentas contribuiriam tanto para mobilizar o grande número de pessoas que víamos nas ruas? Sem dúvida, conhecemos a resposta: as tic foram e continuam sendo, a mais aliada arma em favor de uma sociedade que deseja mudar para melhor. Quem não ouviu falar em facebook em? Esse importante canal de relacionamento foi muito utilizado, na dinâmica de convocar as pessoas paras as ruas.
Nesse contexto, percebemos como essas pessoas, formaram uma grande rede, via internet, de relacionamento em prol de objetivos comuns. E a essa realidade chamamos de comunidade virtual
O surgimento das comunidades virtuais se dá como reflexo de uma nova cultura, oriunda dessa necessidade de comunicar-se e informa-se mais rápido, e o grande e principal objetivo, reside na formação de inteligências coletivas. Em outras palavras, são os saberes construídos em prol de todos.
Podemos concluir que o povo brasileiro, começa cada vez mais a entender a importância de exercitar sua responsabilidade e compromisso em fazer as coisas acontecerem neste país. O povo é o 5º poder e, com organização e constante mobilização, há muito que possa conseguir, mas, para isso, não pode desconsiderar a importância das tic, pelo contrário, deve colocar na sua pauta de reivindicações a discussão sobre a inclusão digital, pois, assim manteremos vivo o espírito das comunidades virtuais, a dinâmica destes espaços de socialização, de informações e formação e o fomento das inteligências coletivas.
                                                 
                                           

Um comentário:

  1. Oi Marcio,
    Você traz reflexões com argumentos bem desenvolvidos, mas precisa ter cuidado com alguns jargões, que são do senso comum, e que vão de encontro a tudo que estamos discutindo e refletindo. Exemplo, já abordamos em aula que as tecnologias não são ferramentas, essa perspectiva é puramente instrumental, e limita a sua potencialidade. Também precisa pensar que tecnologias, nesse contexto que vc aborda, não são "armas", e sim meios de comunicação.


    Precisamos pensar essa discussão dos movimentos nas ruas como um movimento social, onde quebra com toda a lógica dos movimentos anteriores. Porque será que não existiu uma centralidade nesses movimentos?

    Outra questão será mesmo que é importante para esses movimentos colocar em pauta a discussão da "inclusão digital"? Ou faltou a discussão sobre o direito a comunicação, e com isso vai emergir os temas fundamentais que estão em discussão mas que a população não tem conhecimento como: software livre, marco civil, etc e tal...

    Ah! Cuidado com os links, você precisa analisar o material que está indicando com os links com cuidado. Esse link da inclusão digital, por exemplo, coloca a inclusão apenas como acesso as tecnologias. Foi isso que discutimos em aula?

    Espero que esses postos possam refazê-lo repensar com mais cuidado sobre esse tema!

    abraços
    Sule Sampaio

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