terça-feira, 10 de setembro de 2013

Impressos e Educação

Até a 1º metade do século XV, toda e qualquer informação ou conhecimento era transmitida através da oralidade onde só a partir de 1455, Gutemberg inaugura a escrita. Esta novidade dá novos rumos a condução da vida em toda humanidade. Gutemberg trabalhou durante 5 anos no que é conhecida como a bíblia de Gutemberg, essa novidade contribui depois para que pessoas no mundo inteiro pudessem não somente ler a bíblia, mas conhecer este livro, o 1º livro impresso da humanidade, até então de posse da igreja católica com toda sua história.
Esta tecnologia afetou diretamente o capitalismo moderno, impulsionou a exploração da Europa no planeta, difundiu o conhecimento e a ascensão das ciências modernas, além de mudar a vida social e intelectual. Poderíamos dizer que a impressão, contribuiu para o isolamento do indivíduo, reforçando assim seu individualismo.
No Brasil os primeiros impressos surgem no século XIX com a chegada da família real ao país onde se cria o jornal impresso, conhecido como imprensa régia, posteriormente funda-se o jornal Gazeta no Rio de Janeiro do mesmo ano. Ainda em 1808, quando os jornais anteriores surgem, chega ao Brasil o correio brasiliense, trazido em segredo e publicado em Londres por Hipólito José da Costa, este jornal denunciava irregularidades cometidas pela Coroa Portuguesa, em contrapartida, o jornal da Coroa apenas informava aquilo que era conveniente a administração pública da época.
Somos leitores recentes, pois o país lê a dois séculos atrás, daí deduz-se porque somos uma nação com taxas altas de analfabetismo, isso inclusive se acentua muito na região nordeste, mais precisamente na Bahia. Claro, não se pode negar mais de 500 anos de uma dominação intelectual que mantém no poder uma minoria a serviço do imperialismo das potências mundiais e que escraviza e castra as camadas populares.
Somos meros usuários dos impressos do país, pois as mídias sonoras, áudio visuais e impressas estão nas mãos das 15 famílias mais ricas da nação. Não participamos da constituição dos livros, por exemplo, os quais vamos estudar, aliás há uma grande discussão em torno da descentralização da política para o PNLD ( programa nacional do livro didático), considerando essa alternativa como solução para democratização. O livro didático, assim como o jornal, os cordéis, as revistas, os livros de histórias infantis, as mídias que abarcam conteúdos  para desenvolver a aprendizagem das crianças são importantes espaços, instrumentos de desenvolvimento das crianças e jovens, pois facilitam o ensino, permitem o contato desse público com questões da realidade em que vivem, desenvolvem o raciocínio, a imaginação, a saúde mental.
O jornal por exemplo, permite o desenvolvimento da consciência crítica do aluno, na medida em que se alia este impresso as práticas pedagógicas, percebe-se o ganho para o público infantil, daí a necessidade de se incorporar não só este impresso, mas todos os outros possíveis para construir com mais qualidade a relação ensino -  aprendizagem.
O vídeo abaixo, reforça a necessidade de se incorporar os jornais na sala de aula, trazendo também reflexões quanto o papel do professor e dos governos no esforço de se usar esta tecnologia na construção do conhecimento:



                        http://www.youtube.com/watch?v=oN7wbkZDNws


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